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Dor (2018) 26
a utilização de paracetamol e AINE por via oral, apenas se não utilizados antes da admissão, e a utilização de antieméticos (metoclopramida ou ondansetron) e de terapêutica endovenosa (pa- racetamol e/ou cetorolac/metamizol magnésico) na presença de vómitos ou se crise intensa. Propõem ainda a administração de paracetamol + cafeína se via oral patente e ausência de res- posta ao paracetamol/ibuprofeno. Por último, nos adolescentes com idade superior a 12 anos, com o diagnóstico prévio de enxaqueca e na presença de crise intensa, pode-se ponderar a utilização de triptanos por via nasal em primeira linha.
São limitações deste estudo a amostra redu- zida, o viés de seleção dos doentes pela não inclusão daqueles em que a cefaleia não cons- tituía a principal queixa e o caráter retrospetivo do estudo, que se tentou ultrapassar através da realização da entrevista telefónica. Este estudo demonstrou a necessidade de melhorar a cara- terização da cefaleia e do seu registo. Por outro lado, identificou-se a necessidade de melhorar o tratamento analgésico da dor, quer no Serviço de Urgência quer após a alta. A ausência de uma escalada terapêutica eficaz, a não otimiza- ção da analgesia em ambulatório e a ausência de explicação da evolução crónica das cefaleias primárias contribuem para um mau controlo da doença e para um consumo excessivo de recur- sos.
Agradecimentos
Um agradecimento especial à equipa de en- fermagem da UPed pela colaboração, que foi essencial para a realização deste estudo.
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