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Artigo Tipo de População País Amostra (n) estudo Prevalência de dor crónica não específica Prevalência da dor Definições crónica por causa ou localização N. Geraldes, S. Abreu: Epidemiologia da Dor Crónica Pediátrica em Portugal – Revisão Sistemática Da Literatura Tabela 2. Sumário dos artigos internacionais que determinam a prevalência da dor crónica na população pediátrica: prevalência de dor crónica não específica e prevalência da dor crónica por causa ou localização (continuação) Noel, Análise Adolescentes Estados 14790 estudantes entre Unidos o 7.o e o 12.o ano da no ano letivo América 21,9%* *dos adolescentes entrevistados nos dois primeiros momentos (1994/95 e 1996) tinham dor crónica em pelo menos uma das entrevistas NR/A NR/A NR/A Cefaleias severas ou frequentes: 1738/6483 = 26,8% Patologia crónica das costas ou do pescoço: 765/6483 = 11,8% DC com outra localização: 389/6483 = 6,0% Artrite: 137/6483 = 2,1% DC generalizada: 145/3214 = 4,5% DC: cefaleias, dor de estômago ou dores musculares e articulares, que ocorreram todos os dias ou quase todos os dias nos últimos 12 meses Condições que provocam dor crónica: artrite, cefaleias severas ou frequentes, patologia crónica das costas ou pescoço ou outras dores crónicas DC generalizada: dor axial acompanhada por dor no quadrante superior esquerdo e inferior direito ou quadrante superior direito e inferior esquerdo, com duração superior a três meses et al., 201630 dos dados de um estudo longitudinal Mclaughlin, Transversal et al., 201731 Norris, Coorte et al., 201732 secundária 94/95 ou entre o 8.o e o 12.o no ano de 96 Adolescentes Estados com idades entre Unidos 13 e 18 anos da América Adolescentes de Reino 17 anos nascidos Unido em Avon entre 1/04/1991 e 31/12/1992 6483 (adolescentes) 3214 DC: dor crónica; NR/A: não referido/aplicável. de Silva22, a especificação da prevalência da dor por localização indica que vários indivíduos da amostra têm dor em mais do que uma loca- lização, devido ao facto da soma das percenta- gens ser maior do que 100%. Prevalência da dor crónica pediátrica internacional Da pesquisa efetuada em plataformas interna- cionais foram selecionados nove artigos (Tabe- la 2). Os artigos são provenientes da China, Estados Unidos da América, Noruega, Itália, Holanda e Reino Unido. Embora estejam repre- sentados três continentes, quase todos os estu- dos foram realizados em países desenvolvidos, exceto o da China. Nem todos os artigos têm como objetivo a determinação da prevalência da DC na população em estudo, porém em alguma etapa do estudo foram recolhidos os dados ne- cessários para o seu cálculo. As idades dos participantes variam entre os 8 e os 19 anos, mas a população adolescente é a mais frequen- temente estudada. A prevalência da DC varia entre 9,2 e 54%. Nem todos os estudos se con- centram na prevalência da DC não específica. Por exemplo, McLaughlin, et al.31 estudaram a prevalência de DC causada por patologias cró- nicas específicas, Zhang, et al.28 referem a pre- valência de DC por localização corporal, Norris, et al.32 referem apenas a prevalência de DC generalizada, enquanto que Osteras, et al.26 e Sperotto, et al.24 estudam a prevalência da DC musculosquelética. Estes dois últimos estudos 24,26 chegaram a resultados com a mesma ordem de grandeza: 30,4 e 36,3%. Quanto aos outros, a diferença de objetivo quanto ao tipo de dor a estudar dificulta a comparação dos referidos va- lores de prevalência, mas podemos deduzir que se fossem incluídas todas as outras formas de DC, os valores de prevalência de DC não espe- cífica tenderiam para valores maiores do que aqueles que foram apresentados. Outro aspeto que pode dificultar a comparação das prevalên- cias obtidas nos diferentes estudos são as dife- renças na definição de DC. Foram ainda selecionados outros cinco artigos que documentam a prevalência da DC em po- pulações com uma patologia específica (Tabe- la 3): patologia psiquiátrica33, insónia36, trauma cranioencefálico34, escoliose com necessidade de cirurgia37 ou outras condições cirúrgicas35. Estes estudos permitem relacionar a DC com estas patologias, com uma prevalência a variar entre 10,9 e 70,2%. É importante realçar que dos 25 DOR