Page 15 - APED 2018 N1
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Dor (2018) 26
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Escala númerica de Dor EN basal EN pico
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Figura 2. Escala numérica de dor (EN) basal e e em pico.
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Figura 3. Terapêutica utilizada em doentes com DNC-AVC.
A terapêutica mais utilizada foi a pregaba- lina (44,4%), seguida de gabapentina (33,3%) (Fig. 3).
Os 5 doentes com follow-up, tiveram em mé- dia, duas consultas presenciais por ano, com uma média de 37 meses de seguimento. Destes, três apresentaram melhoria da intensidade da dor, com descida média de 4 pontos na EN basal.
Discussão
A dor é frequente após AVC. Pode ter origem nos músculos, articulações, vísceras, no SNC e/ ou periférico, estando direta ou indiretamente relacionada com o evento vascular cerebral. Tem implicações na qualidade de vida, no au- mento da fadiga, no atraso na reabilitação, nas alterações do sono, no humor e na inserção so- cial, levando mesmo ao aumento da mortalidade
12 a longo prazo4. No futuro, com o aumento da
esperança média de vida, perspetiva-se um au- mento do número de AVC e, consequentemente, de DNC-AVC.
Conclusão
Apesar de poucas vezes identificadas, tanto a dor neuropática como a nociceptiva são muito prevalentes na população com AVC, com impli- cações significativas na qualidade de vida dos doentes. São necessários mais estudos aleato- rizados para determinação da melhor aborda- gem terapêutica e maior sensibilização dos pro- fissionais de saúde para a identificação da DNC-AVC e para o seu tratamento precoce.
Bibliografia
1. Déjerine J, Roussy G. Le syndrome thalamique. Rev Neurol (Paris). 1906;14:521-32.
2. Head H, Holmes G. Sensory Disturbances from cerebral lesions. Brain. 1911;34(2-3):102-254.
Pregabalina Gabapentina
Clonazepam Amitriptilina
Duloxetina Venlafaxina
DOR