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Dor (2018) 26 Resultados identificados através da pesquisa nas bases de dados (n = 84) Documentos após remoção de duplicações (n = 77) Documentos excluídos após leitura do abstract (n = 58) Documentos rastreados (n = 77) Documentos completos incluídos após análise da bibliografia dos artigos selecionados (n = 1) Documentos completos incluídos na revisão (n = 4) Documentos completos excluídos após leitura integral, pelos seguintes motivos: (n = 16) n = 3: incluíam participantes com menos de 18 anos, mas os resultados eram apresentados em conjunto com os dos participantes com mais de 18 anos n = 10: não avaliavam a prevalência da DC pediátrica n = 1: eram artigos de revisão n = 2: não evidenciavam a duração da dor avaliada Documentos completos possíveis para seleção (n = 19) Figura 2. Diagrama de fluxo que ilustra a seleção de artigos que avaliam a prevalência da DC pediátrica em Portugal. 22 escolaridade encontrou uma prevalência de 28,8% de raquialgias, no entanto, não revelou qual era a proporção de raquialgias crónicas. Do mesmo modo, o estudo de Lucas 40 que incluiu 226 estudantes do primeiro ciclo, encontrou uma prevalência de dor espinal de 27,4%. Concluí- mos que mesmo antes da adolescência a dor já é um problema prevalente, contudo, não pode- mos afirmar a dimensão da cronicidade. Mesmo assim, é provável que dentro destes números a percentagem de DC seja importante, por isso seria interessante avaliar quais seriam as suas consequências a longo prazo. Note-se que, num estudo com uma população de uma faixa etária mais velha, Andias21 observou uma elevada pre- valência (34,2%) de cervicalgia crónica. Num estudo de 2013 na população adulta, observou-se uma prevalência de DC de 36,7%1. Tendo isto em conta, verifica-se que embora a prevalência da DC em pediatria seja menor do que na população adulta, os dois valores estão mais próximos do que se pôs em hipótese ini- cialmente. Por outro lado, existem vários estudos que documentam o aumento da prevalência da DC com a idade1,41-43 e com o decorrer dos anos41,43, por isso, já que a prevalência da DC pediátrica está mais próxima do valor na popu- lação adulta, prevê-se que, quando a população atualmente adolescente chegar à idade adulta, a DC nos adultos seja ainda mais prevalente do que é atualmente. Outros dados relevantes dos estudos de Rei- gota20 e Silva22 são a percentagem de adoles- centes com DC que toma medicação – 50,9% e 71,3% – e aquela que consulta um médico – 41,5% e 46,3%. Também na população adulta portuguesa existe esta disparidade com 75,1% contrapondo 63,1%44, respetivamente. É impor- tante pensar nestes resultados tendo em conta outro estudo português que estudou a perceção DOR